EP03 Preparativos para Austrália – Minha história como programador

No episódio de hoje, você saberá como foram os meus preparativos para Austrália. Foram vários fatores que fizeram com que eu deixasse o país, mas dois destes foram os que mais me convenceram.

Lembre-se que este artigo faz parte da série “Minha História como programador” e que está disponível no youtube neste link aqui.

Se não leu o episódio anterior sobre meu primeiro projeto web e minha empresa, essa é a hora.

E para este episódio você pode assistir ao vídeo abaixo, pois contém muito mais detalhes. 😎

Mas então vamos lá falar dos fatores que me fizeram sair do país.

Mercado de trabalho brasileiro saturado

O primeiro foi a insatisfação com o mercado de trabalho brasileiro, e não apenas o mercado de tecnologia. Especialmente em Salvador, onde eu morava e possuía mais experiência, mesmo com vários clientes espalhados para o Brasil. Em Salvador, o mercado era extremamente saturado.

É difícil para o empreendedor vender seu serviço pelo preço ideal e, assim, faltavam recursos para contratar os profissionais ideais, gerando um ciclo vicioso pelo qual passei por muito tempo.

Além disso, não importa quão barato é seu produto, sempre tem gente querendo barganhar e pagar menos. Sofri muito com isso na empresa.

Vida monótona, o ciclo vicioso

O segundo ponto de motivação a vir para a Austrália era o fato de que eu vivia uma vida chata e monótona no Brasil, algo que 99% da população vive: um ciclo vicioso em que todos os dias as pessoas acordam, trabalham, pagam boleto e vão dormir. 

Aos fins de semana, descansa, bebe, se diverte, fica melancólico no fim do domingo e vai dormir. E repete ♺. Muitas das pessoas não se dão conta do quanto essa rotina é maléfica a elas.

Então eu pensei comigo mesmo: 

“chega de trabalhar muito e ganhar pouco! Chega de rezar todos os dias para chegar à sexta-feira”. 

Eu não queria mais isso para minha vida e decidi mudar, apesar dos amigos que achavam loucura se mudar do Brasil após os 30 anos. Uma frase que definiu meu modo de pensar foi dita por Einstein:

“insanidade é fazer as coisas do mesmo jeito e esperar resultados diferentes”.

Então ficou decidido me aventura e ficou a pergunta: para onde vou? Eu não tinha a mínima ideia. Após conversar com amigos e colegas com conhecidos no exterior, uma primeira ideia foi o Canadá, que tem um bom mercado de trabalho em TI.

Fiz algumas cotações e já estava quase tudo decidido.

Porém, ao visitar o Rio Grande do Sul com a família, peguei uma temperatura de -2ºC. Eu, baiano, em uma terra onde faz calor o ano todo, literalmente morri de frio! Se no Rio Grande já sofri com a temperatura, imagine no Canadá. Então, decidi esquecer o Canadá e voltei à agência de viagens.

O agente de viagens, então, recomendou Sydney, na Austrália, apesar de ser muito longe. Foi aí que a minha ficha caiu! Conhecia muito pouco sobre Sydney. Minha memória era das Olimpíadas de 2000. Fiz novas pesquisas sobre o mercado de trabalho, sobre a cidade em si e fiquei completamente encantado. Voltei à agência e fechei o pacote para ir à Austrália.

Principal estratégia antes de viajar

Antes de viajar, minha principal estratégia foi pagar o pacote completamente para conseguir ir à Austrália sem dívidas e vir com reserva financeira para me sustentar durante 4 meses. Foi uma grande preparação, sem “chutar o balde” e correr muitos riscos. Como resultado, tive muito sucesso e sou bem sucedido até hoje.

Quem trabalha na área de tecnologia têm mais facilidade para emigrar. Essa foi uma oportunidade que eu aproveitei. Quem é da área de TI e deseja ter uma experiência no exterior deve tentar e deve tentar agora. Ficando lá fora ou não, o profissional terá conhecimento e experiência que levará para a vida inteira.

Não é simples e fácil e nem é para ser. Se fosse, metade do Brasil já teria saído. É necessário coragem, muito foco e perseverança. Hoje, já estou em outro patamar e quero sempre evoluir.

Espero que tenha gostado e que esse conteúdo tenha contribuído com você. Compartilhe e veja o próximo episódio!